umatesaofilhadaputa

segunda-feira, agosto 28, 2006

Nem sempre foi assim...





















...hoje sou outra pessoa, mas nem sempre foi assim. Conto aqui uma pequena história. Uma história que pode ser a de qualquer outra mulher, quem a ler pensará que podia ser a sua. Sei tudo isto, porque trabalho com pessoas. Pessoas que também me contam as suas vivências, pessoas que também em tempos tiveram sonhos e que um dia acabaram. Mas é de mim que aqui venho falar e, como vereis, acabou por não ser uma boa história. No entanto talvez a minha experiência possa ser útil a alguém, talvez a minha experiência possa fazer decidir alguma de vocês que aqui venha ler o que escrevo.

Na minha vida existiram apenas dois homens. O primeiro casei com ele, um daqueles casamentos convictos e assumidos de que seria para sempre. O meu marido nunca foi uma pessoa muito dada a muitos afectos, ao contrário de mim que vivia a esvoaçar à volta dele.

Aprendi a fazer amor com ele, faziamos amor sem beijos sem festas sem preliminares. Estranho, estão a pensar, não é? Com o tempo fui perdendo a vergonha, até porque com o tempo se não houver inovação, o sexo torna-se cansativo. E eu comecei a ficar mesmo cansada. Não sendo nenhum modelo, sempre fui uma jovem e depois uma mulher que despertava a atenção. Sempre tive todos os cuidados e preocupações de uma mulher normal. Nunca dormi de t-shirt esburacada. Preocupava-me com a roupa que usava para dormir, com a lingerie sempre bonita e impecável, com a minha higiene. Sendo tudo isto e sendo também saudável, era para mim estranho e foi-o, durante muitos anos, o facto de sexo com o meu marido ser uma pesada obrigação. Valiam-me as noites de zanga, se ousava fazer sugestões, insinuar-me, tentar entrar em certas brincadeiras, porque acabava do lado de fora do quarto onde dormíamos. Valiam-me e digo valiam-me porque, não dormindo no mesmo quarto, aproveitava então para me satisfazer à minha vontade, para me masturbar vezes sem conta. Ficava mais calma, os dias corriam melhor. O tempo foi passando nada se alterava eu deixei de ser jovenzinha, fiquei uma mulher, uma mulher que sabia que não tinha uma vida sexual normal. Sabia no entanto que comigo não havia nada de errado, mas só tive a certeza disso mais tarde tarde.
Muitas pessoas aguentam os casamentos porque têm um bom relacionamento na cama, outras há que nem na cama nem em lado nenhum e este era o meu caso.

Lembro-me que via muitos filmes na altura, e observava como os casais se relacionavam na cama. Hoje olho para trás e penso que na mentalidade do meu ex-marido ele deveria achar que, se me fizesse sentir verdadeiramente mulher, se me deixasse extravasar toda a minha sexualidade, poderia pôr em risco o casamento, ou então, como alguém me disse um dia, ele não gostavava de mim. Lembro-me também da fanfarronice dele com os amigos: há homens que gostam de se exibir perante os amigos do que fazem com as suas mulheres, aí eu ficava mesmo estúpida, porque eu nunca fiz parte daquelas peripécias que ele gostava tanto de insinuar. Como sou educada, nunca o confontei em frente aos amigos, mas em casa questionava as conversas, já que para mim eram puramente surrealistas.
Lembro-me também de lhe aconselhar tratamento médico, com bons modos, claro. Lembro-me dos insultos, lembro-me de nos últimos tempos do nosso casamento ser posta vezes sem conta fora do nosso quarto, porque não queria ser usada como se fosse um saco de despejos. De lhe exigir os beijos como eu queria, de lhe pedir que passasse as mãos pelo meu corpo suavemente. Claro que a palavra tesão nunca foi evocada durante aquele casamento, mas o que eu queria mesmo era que ele tivesse tesão comigo e eu com ele.

Queria que me fodesse como sei hoje que se fode, queria que me mamasse as mamas como sei hoje que se faz, queria brochá-lo à minha vontade, queria que me retribuísse com minetes como hoje me retribuem...

1 Comments:

  • bem Afrodite... nem consigo comentar. O que vale é que tudo isto faz parte do passado. Tu estás óptima e o sacana continuará a curtir os seus recalcamentos sozinho! (ou pelo menos longe). beijo rubro

    By Blogger Unknown, at 8/9/06 18:13  

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